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Eu não acredito na cultura do "cancelamento" pelo mesmo motivo pelo qual eu não deixo a Igreja

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Eu não desfaço amizades com pessoas babacas. Ou pelo menos tento não desfazer. Hoje existe a tal cultura do "cancelamento". Geralmente é aplicada a artistas que cometeram atos intolerantes (e muitas vezes criminosos). Mas também é aplicada a amigos que possuem posições políticas complicadas. E muitas vezes é a razão pela qual pessoas deixam instituições religiosas (que são basicamente pessoas organizadas num sistema de representações simbólicas). Lembrando que este é um texto sobre a minha opinião e experiência. Portanto, não estou aqui usando minha carteirada de formado em teologia para dizer o que é certo e errado. Estou simplesmente respondendo à pergunta: Por que eu não  gosto da cultura do cancelamento?

Qual Brasil está acima de tudo e qual Deus está acima de todos?

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Brasilidade , por Thaís Gomez Até o final da minha adolescência eu não gostava de ser brasileiro, eu não gostava de ter nascido no Brasil e não gostava da cultura brasileira. Eu tinha aprendido que ser brasileiro era gostar de futebol e pular carnaval. Eu não gostava de futebol e não pulava carnaval. Mais tarde aprendi que o Brasil era um lugar ruim pra se viver justamente por causa do futebol e do carnaval, pois era só pra isso que o brasileiro vivia e não trabalhava, e não se desenvolvia. O futebol não exigia estudo e tomava tempo, o Carnaval, além de fazer essas duas coisas, ainda trazia promiscuidade para os lares brasileiros, era cultura inútil. Baixa cultura. Nós deveríamos nos espelhar no Sonho Americano ou na glória européia. Nós deveríamos dar preferência à era de ouro da humanidade que se concentrava toda na Europa, entre o auge do Império Greco-Romano e a ciência moderna. Afinal, foi a Europa que trouxe a civilização ao mundo. O brasileiro comum era preguiçoso, m...